quinta-feira, 31 de março de 2011

madness

"Há vários tipos de louco.

O hitleriano, que barafusta.
O solícito, que dirige o trânsito.
O maníaco fala-só.

O idiota que se baba,
explicado pelo psiquiatra gago.
O legatário de outros,
o que nos governa.

O depressivo que salva
o mundo. Aqueles que o destroem.

E há sempre um
(o mais intratável) que não desiste
e escreve versos.

Não gosto destes loucos.
(Torturados pela escuridão, pela morte?)
Gosto desta velha senhora
que ri, manso, pela rua, de felicidade. "

(António Osório, in 'A Ignorância da Morte')

quarta-feira, 30 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

ninguém sabe coisa alguma

"Porque nós não sabemos, pois não? Toda a gente sabe. O que faz as coisas acontecerem da maneira que acontecem? O que está subjacente á anarquia da sequência dos acontecimentos, às incertezas, às contrariedades, à desunião, às irregularidades chocantes que definem os assuntos humanos? Ninguém sabe, professora Roux. «Toda a gente sabe» é a invocação do lugar-comum e o inimigo da banalização da experiência, e o que se torna tão insuportável é a solenidade e a noção da autoridade que as pessoas sentem quando exprimem o lugar-comum. O que nós sabemos é que, de um modo que não tem nada de lugar-comum, ninguém sabe coisa nenhuma. Não podemos saber nada. Mesmo as coisas que sabemos, não as sabemos. Intenção? Motivo? Consequência? Significado? É espantosa a quantidade de coisas que não sabemos. E mais espantoso ainda é o que passa por saber."

(Philip Roth, in "A Mancha Humana")

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

fadigas

"A vida nunca deu nada aos mortais sem grandes fadigas."
(Horácio)

sábado, 12 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

terça-feira, 8 de março de 2011

sexta-feira, 4 de março de 2011

quarta-feira, 2 de março de 2011