terça-feira, 29 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Redemoinha o vento, (1-9-1933)

"Redemoinha o vento,
Anda à roda o ar.
Vai meu pensamento
Comigo a sonhar.

Vai saber na altura
Como no arvoredo
Se sente a frescura
Passar alta a medo.

Vai saber de eu ser
Aquilo que eu quis
Quando ouvi dizer
O que o vento diz."

(Poesias inéditas, Fernando Pessoa)

domingo, 27 de dezembro de 2009

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009

quando está frio

"Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,
Porque para o meu ser adequado à existência das cousas
O natural é o agradável só por ser natural.

Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno —
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no fato de aceitar —
No fato sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.

Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.

Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só corri a inteligência,
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer cousa que não fosse o Mundo."

(Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos")

sábado, 12 de dezembro de 2009

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

silence

"O silêncio é o elemento no qual se formam as grandes coisas"
(Maurice MaeterLinck)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Restauração vs Tratado de Lisboa

Sabendo das façanhas das cruzadas, as histórias de conquistas além-mar, D. Sebastião quis conquistar o Norte de África aos mouros. Em Alcácer Quibir, os Portugueses foram derrotados e D. Sebastião desapareceu (1557-1578).

Da crise dinástica resultante, em 1581 nas cortes de Tomar Filipe II de Espanha é aclamado rei, e durante 60 anos Portugal ficou sob “domínio Filipino”. Com Filipe I (de Portugal, II de Espanha) a autonomia política e administrativa do reino de Portugal foram preservadas. No entanto, Filipe III de Espanha teve como objectivo absorver por completo o reino de Portugal; e foi com Filipe IV, e derivado da sua política fiscal, que se iniciou o processo de revolta no nosso país.

Em 12 de Outubro de 1640, em casa de D. Antão de Almada (hoje Palácio da Independência), reuniram-se D. Miguel de Almeida, Francisco de Melo e seu irmão Jorge de Melo, Pedro de Mendonça Furtado, António de Saldanha e João Pinto Ribeiro, que decidiram chamar o Duque de Bragança para que este assumisse o seu dever de defesa da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa de Portugal.

No dia 1 de Dezembro de 1640, eclodiu em Lisboa a revolta, levando à instauração no trono de Portugal da Casa de Bragança, dando o poder reinante a D. João IV, dando-se o nome de Restauração ao regresso de Portugal à sua independência em relação a Castela.

Passados todos estes anos e séculos, vivemos a globalização, num mundo em constante mutação. Os vários desafios num mundo com cada vez menos fronteiras, faz com que a Europa, a União Europeia em particular, procure a modernização no intuito de “dispor de utensílios eficazes e coerentes adaptados não só ao funcionamento de uma União Europeia recentemente alargada de 15 para 27 membros mas também à rápida evolução do mundo actual. As regras de vida em comum consagradas nos tratados devem, pois, ser renovadas."

Este é o objectivo do Tratado assinado em Lisboa a 13 de Dezembro de 2007. " Tendo em conta as evoluções políticas, económicas e societais, e desejando simultaneamente responder às aspirações dos europeus, (..) o Tratado permite adaptar as instituições europeias e os seus métodos de trabalho, reforçar a legitimidade democrática da União Europeia e consolidar a base dos seus valores fundamentais.”

O Tratado de Lisboa entra em vigor hoje, dia 1 de Dezembro de 2009, 369 anos depois da Restauração.

(in http://pt.wikipedia.org/wiki/Restaura%C3%A7%C3%A3o_da_Independ%C3%AAncia
http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/EFEMERIDES/RESTAURACAO/RI.htm
http://europa.eu/lisbon_treaty/take/index_pt.htm)