segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Sítio

"Marmelada de banana
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Rios de prata piratas
Vôo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo
Sítio do Pica-pau amarelo"

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

terça-feira, 22 de setembro de 2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

dar

"O difícil não é dar, é não dar tudo"
(Sidonie Colette)

domingo, 20 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

sábado, 12 de setembro de 2009

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

the sun

"O GRANDE sol na eira
Talvez seja o remédio...
(..)
O resto é gente e alma:
Complica, fala, vê.
Tira-me o sonho e a calma
E nunca é o que é."
(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

terça-feira, 8 de setembro de 2009

~~~

"navegar é preciso; viver não é preciso" (Fernando Pessoa)

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

sábado, 5 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

dias

"Há outros dias que não têm chegado ainda,
que estão fazendo-se
como o pão ou as cadeiras ou o produto
das farmácias ou das oficinas
- há fábricas de dias que virão -
existem artesãos da alma
que levantam e pesam e preparam
certos dias amargos ou preciosos
que de repente chegam à porta
para premiar-nos
com uma laranja
ou assassinar-nos de imediato."

(Pablo Neruda, Últimos Poemas)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

grãos de areia

"é o teu olhar e o que imagino dele, é solidão e arrependimento,
não são bibliotecas a arder de versos contados porque isso são
bibliotecas a arder de versos contados e não é o poema, não é a
raiz de uma palavra que julgamos conhecer porque só podemos
conhecer o que possuímos e não possuímos nada, não é um
torrão de terra a cantar hinos e a estender muralhas entre
os versos e o mundo, o poema não é a palavra poema
porque a palavra poema é uma palavra, o poema é a
carne salgada por dentro, é um olhar perdido na noite sobre
os telhados na hora em que todos dormem, é a última
lembrança de um afogado, é um pesadelo, uma angústia, esperança.
o poema não tem estrófes, tem corpo, o poema não tem versos,
tem sangue, o poema não se escreve com letras, escreve-se
com grãos de areia e beijos, pétalas e momentos, gritos e
incertezas, a letra p não é a primeira letra da palavra poema,
a palavra poema existe para não ser escrita como eu existo
para não ser escrito, para não ser entendido, nem sequer por
mim próprio, ainda que o meu sentido esteja em todos os lugares
onde sou, o poema sou eu, as minhas mãos nos teus cabelos,
o poema é o meu rosto, que não vejo, e que existe porque me
olhas, o poema é o teu rosto, eu, eu não sei escrever a
palavra poema, eu, eu só sei escrever o seu sentido."
(José Luís Peixoto)