sábado, 29 de novembro de 2008

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

quando está frio

"Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,
Porque para o meu ser adequado à existência das cousas

O natural é o agradável só por ser natural.
Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno —
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no fato de aceitar —
No fato sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.

Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.

Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só corri a inteligência,
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer cousa que não fosse o Mundo."

Alberto Caeiro - Poemas Inconjuntos

terça-feira, 25 de novembro de 2008

mano,the love of my life

irmão,não fiques com inveja.. acredita na/luta pela amizade profunda e verdadeira.
conselho de irmã mais velha :)

foi,é,será

"É acreditando nas rosas que as fazemos desabrochar" (Anatole France)

domingo, 23 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

René François Ghislain Magritte

21 de Novembro de 1898, Lessines - 15 Agosto de 1967, foi um dos principais artistas surrealistas belgas. Muita da sua pintura assemelha-se a: “Nenhum objecto é cristalizado com o seu nome assim irrevogavelmente que se não pode encontrar outro que o serve para melhorar”.






Talvez o que o tenha tornado famoso até hoje seja o seu intrigante cachimbo que não é. Nas suas palavras: “Um intelectual é aquele que ao ouvir a palavra cachimbo pensa em Magritte”.










Mas o seu trabalho não se resume a isso, porque “A mente ama o desconhecido. Ela ama as imagens de significados ocultos, desde que desconhecemos o significado da própria mente”. E isso é cristalinamente perceptível ao vislumbrarmos os Amantes.











Magritte, gostava dos chapéus-coco, facto muito presente em diversas telas, como na The son of a Man, e essa característica tem muito em comum com a personagem do livro chamado A insustentável leveza do ser (de Milan Kundera), mas só isso, porque "um objecto nunca serve como função da sua imagem - nem em seu nome". Pensar que "tudo o que vemos esconde alguma coisa, e nós desejamos sempre ver algo que está escondido por aquilo que vemos".










quinta-feira, 20 de novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

quem não tem medo de naufragar

Odivelas

A propósito do nome desta cidade, conta-se que D. Dinis tinha o hábito de deslocar-se à noite a Odivelas onde se encontrava regularmente com raparigas do seu agrado. Certa noite, sabendo a rainha do que se passava resolveu esperá-lo e quando o rei fazia o seu percurso para o encontro, a rainha interpelou-o e eis que proferiu as seguintes palavras:
"- Ide vê-las senhor....."
Afirma-se que de "Ide vê-las", por evolução, teria surgido o nome Odivelas.

Os filólogos dão porém, outra explicação: a palavra compõem-se de dois elementos: "Odi" e "Velas". A primeira é de origem árabe e significa "curso de água". A segunda é de origem latina e refere-se às velas dos moinhos de vento, que existiram nos outeiros próximos e dos quais podemos ainda ver vestígios. O curso de água ainda se mantém hoje.

No dia 19 de Novembro de 1998, com o voto unânime dos Deputados de todas as forças políticas, a Assembleia da República votava, na especialidade, e em votação final global, o Projecto de Lei da Criação do Município de Odivelas.

fim

"No fim de tudo dormir.
No fim de quê?
No fim do que tudo parece ser...,
Este pequeno universo provinciano entre os astros,
Esta aldeola do espaço,
E não só do espaço visível, mas até do espaço total."
(Álvaro de Campos)


http://www.youtube.com/watch?v=xq-ZmAYLeB8&feature=channel

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

pequenas coisas

"Uma árvore está quieta,
murcha, desprezada.
Mas se o poeta a levanta pelos cabelos
e lhe sopra os dedos,
ela volta a empertigar-se, renovada."
(..)
Fora de ti há o mundo
e nele há tudo
que em ti não cabe."


Fernando Namora, in "Mar de Sargaços"

terça-feira, 11 de novembro de 2008

sábado, 8 de novembro de 2008

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

yes we can...


..be heroes


..work it out


..make the morning


..make it happen again


..acreditar.lutar.por tudo

conversação

"O tipo de bem-estar proporcionado por uma conversação animada não consiste propriamente no assunto da conversação; nem as idéias nem os conhecimentos que ali podem ser desenvolvidos são o seu principal interesse. Importa uma certa maneira de agir uns sobre os outros, de ter um prazer recíproco e rápido, de falar tão logo se pense, de comprazer-se imediatamente consigo mesmo, de ser aplaudido sem esforço, de manifestar o seu espírito em todas as nuances pela entoação, pelo gesto, pelo olhar, enfim, de produzir à vontade como que uma espécie de electricidade que solta faíscas, aliviando uns do próprio excesso da sua vivacidade e despertando outros de uma apatia dolorosa. (...) Bacon disse que "a conversação não era um caminho que conduzia à casa, mas uma vereda por onde se passeava prazerosamente ao acaso".
(Madame de Stael, in 'Do Espírito de Conversação')

terça-feira, 4 de novembro de 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008

Paula Rego

“O coelhinho deste quadro está mesmo a querer violar a menina a quem levanta a saia?, o cãozinho é mau para o homem que está deitado no chão de rabo para o ar?, etc. Paula Rego entra no jogo com respostas do tipo "Não, não, o coelhinho não está a fazer mal à menina, eles estão a brincar à apanhada". diálogos agradáveis, divertidos e também interessantes sobre estórias infantis ensombradas pelos fantasmas e violência dos adultos." (..) "O tom de voz modificou-se, abandonou o registo ingénuo e infantil com que fala de coelhinhos e meninas e explicou porque optou pela pintura figurativa em detrimento da abstracção; insistiu que cada quadro é uma composição que "descreve uma situação a que se chama uma estória"; e disse que a técnica conta tanto ou mais que a estória: "é uma coisa entre as duas", "o tema e a maneira como é feita a composição, a cor, a tensão entre os vários elementos da composição." (..) "É como olhar para o que se passou na minha vida"