Quando vejo que meu destino ordena Que, por me experimentar, de vós me aparte, Deixando de meu bem tão grande parte, Que a mesma culpa fica grave pena,
O duro desfavor, que me condena, Quando pela memória se reparte, Endurece os sentidos de tal arte Que a dor da ausência fica mais pequena.
Mas como pode ser que na mudança Daquilo que mais quero, este tão fora De me não apartar também da vida?
Eu refrearei tão áspera esquivança, Porque mais sentirei partir, Senhora, Sem sentir muito a pena da partida.
obrigada pela visita, anonimo.Permita-me afirmar que partir é morrer; considero que há coisas que nao devemos deixar na vida.é unica, e a luta deve ser permanente e eterna.
6 comentários:
Quando vejo que meu destino ordena
Que, por me experimentar, de vós me aparte,
Deixando de meu bem tão grande parte,
Que a mesma culpa fica grave pena,
O duro desfavor, que me condena,
Quando pela memória se reparte,
Endurece os sentidos de tal arte
Que a dor da ausência fica mais pequena.
Mas como pode ser que na mudança
Daquilo que mais quero, este tão fora
De me não apartar também da vida?
Eu refrearei tão áspera esquivança,
Porque mais sentirei partir, Senhora,
Sem sentir muito a pena da partida.
Luís Vaz de Camões
obrigada pela visita, anonimo.Permita-me afirmar que partir é morrer; considero que há coisas que nao devemos deixar na vida.é unica, e a luta deve ser permanente e eterna.
Desde que se lute...
Quando se acomoda, conforma e abdica, tudo deixa de fazer sentido... A vida é demasiado curta para isso.
Obrigada pela nova visita anonimo/a e pelo comentário.
Como eu disse:"a luta deve ser permanente e eterna".
Pois. Repito-me, conformar significa abdicar de lutar.
Das palavras ao actos vai-se cavando um fosso enorme e assim "a dor da ausência fica mais pequena".
Obrigada pela nova visita anonimo/a e pelo novo comentário.
Parece-me que temos diferentes perspectivas.
Enviar um comentário