"O fado das caravelas,
Trazido pelos marinheiros,
Veio rufia junto à proa.
E por ruas e vielas,
Deu os seus passos primeiros,
Pelos bairros de Lisboa.
Logo após entrar na barra,
E mal atracou na doca,
Alguém p'lo fado chama,
Era ansiosa a guitarra
(...)
Fez-se alma portuguesa,
É eco da nossa voz,
P'la guitarra acompanhado,
É só nosso com certeza,
O fado habita em nós,
Ou somos nós feitos fado!... "
(Euclides Cavaco)
1 comentário:
Ó castelos moiros, armas e tesoiros
Quem vos escondeu
Ó laranjas de oiro que ventos de agoiro
Vos apodreceu
Há choros, ganidos, à luz das cavernas
Onde as bruxas moram
Onde as bruxas dançam, quando os mochos amam
E as pedras choram
Caravelas, caravelas
Mortas sob as estrelas
Como candeias sem luz
Os padres da inquisição
Fazendo dos vossos mastros
Os braços da nossa cruz
Caravelas
As bruxas dançam de roda
Entre o visco dos morcegos
Dançam de roda raspando
As unhas podres de tojo
Na noite morta do fogo
Como num tambor de ronjo.
Torvante - Xácara Das Bruxas Dançando
Enviar um comentário